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Projeto de Escritora

Escrever é o seu grito de Liberdade!

Ela é apenas uma menina de 24 anos, uma adulta no corpo de criança. Com uma alma livre e sensível, mas presa nas correntes da sociedade, resolveu, em instante de desespero e loucura, criar um blog para postar as histórias fictícias que sua louca imaginação insiste em inventar.


Mesmo sendo amadora nesta arte e trazendo consigo na bagagem somente o amor pela escrita, os conflitos internos e os problemas psicológicos, está decidida a viver na luz, pois, sabe que é na escrita que se encontra seu cantinho de paz e liberdade.

BEM-VINDO AO SEU CANTINHO!

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  • Foto do escritorElionai Silva

Sonhos Desfeitos (Primeira Parte)

Atualizado: 15 de nov. de 2018





AVISO: Segunda Parte (que é mais um extra) será postada na próxima quinta-feira.

► Inspirado na música Little Mix - Secret Love Song ft. Jason Derulo, recomenda-se ler escutando ela e dar uma olhadinha na letra.


 



 

Primeira Parte.


Estou parado em frente ao restaurante onde tivemos nosso primeiro encontro. Os meus olhos estão embaçados pelas lágrimas enquanto observo, através do vidro transparente, você roçar os lábios nos dela e gargalhar de algo que o seu pai está falando.


Você está tão belo Jorge, como na noite anterior, quando me tomou em seus braços e me amou intensamente, sussurrando no meu ouvido o quão especial sou na sua vida.


Enquanto aí dentro aparenta estar calor, aqui fora está frio e uma garoa fina, melancólica, caí sobre minha face, se misturando com as lágrimas. Estou tremendo e meus membros estão congelando, pois não estou bem agasalhado, porém é na minha alma que se encontra a pior das hipotermia, que está perdendo toda a capacidade de se ajustar ao que vê.


Estou perdendo você para ela… NÃO… estou te perdendo para você, não é mesmo, Jorge?

Sejamos sinceros, que culpa ela tem por você não ser corajoso o suficiente para assumir ao mundo que ama outro homem, por ser incapaz de dizer para sua família e amigos que é apaixonado por mim? Nenhuma.


O brincalhão e sorridente Jorge se deixou levar pelos dogmas medíocres de uma sociedade hipócrita, acredita no falso moralismo de uma camada desprezível, e não consegue escolher ser quem realmente é.


Confesso, triste, que, estupidamente, ousei pensar que conseguiria arrancar a venda de seus olhos, que seria capaz de te fazer parar de ligar para o que mundo vai dizer.


Como fui um tolo.


Julguei que o meu amor seria o bastante para que você finalmente se aceitasse do jeitinho que é, que com o tempo pararia de se importar com o que seus pais iriam dizer se descobrissem sua sexualidade.


Por que não se aceita, Jorge?


Não tem nada de errado em você.


Assuma sua sexualidade.


Ainda que o mundo vire as costas e finja não lhe enxergar, por você não ser como eles querem, eu permanecerei ao seu lado.


Não sou o suficiente?


O nosso amor não é o bastante para enfrentarmos o mundo juntos?


Você não precisa deles. Troque eles por mim. Eu te amarei tanto, que não sentirá falta desses fantoches dessa sociedade podre, que você insiste em chamar de amigos e família.


Não basta ter alguém que te ama do jeito que é, na sua vida?


Não deveria ser eu aí, sentado ao seu lado, sendo apresentado para seus pais?


Vendo você, fingindo estar feliz namorando uma mulher, percebo que fará com ela tudo que não pode fazer comigo, por eu ser homem.


Os meus estúpidos anseios românticos estão sendo lavados pela chuva fina.


Jamais poderei andar de mãos dadas com você na rua, te beijar ou te abraçar em público, ser apresentado aos seus amigos ou aos seus pais como o seu namorado.


O bobo desejo de formar uma família com você está sendo engolida pela irônica imagem de “família feliz” que estou presenciando.


Os vocábulos soprados em nossas noites de amor que significados tinham para você? Não sou eu o amor da sua vida? Então, porque encontro-me aqui, do lado de fora, assistindo você apresentá-la aos seus genitores?


Hoje, de madrugada, voltará a me visitar, me amarás com seu corpo, me beijará com paixão, irá sussurrar juras de amor e promessas, porém, logo quando o sol nascer, como sempre, partirá, antes que eu acorde, e voltará para o seu ‘mundinho de fingimento e de falsa felicidade.


Abandonado, chorarei, como faço tantas vezes, pela sua partida e por me submeter a esta relação que só me destrói.


No fundo eu sempre soube que você nunca seria meu.


Eu sorrio, sarcástico, testemunhando vocês fazer carinho na nuca dela, sorrindo doce.


Fui um tolo por criar esperança. Eu sabia que esse dia chegaria, culpa minha pensar que poderia fazê-lo mudar de ideia.


Sabe qual a pior parte? Foi ter jogado fora, me desfeito, do meu orgulho, em algum momento dessa louca relação, e aceitado ser o amante do cara “hétero”.


Meus amigos vivem me alertando que devo cair fora, antes que perca o controle sobre os meus sentimentos, eu minto, dizendo que está tudo bem, porém, já faz tempo que venho me alimentando e me contendo com as migalhas, ciente que serão somente elas que você me cederá.


Sinto muito Jorge, mas já não consigo mais continuar assistindo-o abraçá-la e olhá-la com tanta adoração. Já me torturei demais por hoje. Vou ir para casa, ficar te esperando, ansioso, para que possamos nos amar.


Caminho, chorando e tremendo de frio, pela calçada, enxergando muito pouco. Está de noite, a chuva começa a engrossar, se misturando com as minhas lágrimas.


Como esqueci o guarda-chuva no apartamento, acelero o passo, ansioso para escapar da tempestade e da angústia que abraça apertado meu peito. Atravesso a rua, correndo, quando, repentinamente, ouço o barulho da freada brusca. Gritos. Tento me virar, mas a luz forte me cega e me paralisa, em seguida, sinto um objeto bater com força no meu corpo, que voa e cai, bruscamente, contra o asfalto molhado.


Dor.


Não sei exatamente onde, mas sinto-me sendo afligido pela mais insuportável dor que já senti, dilacerando-me e fazendo-me sentir vontade de berrar. Sinto, na barriga, algo mais espesso que a água da chuva, deve ser meu sangue.


Com dificuldade, enquanto pessoas me cercam, gritando ou murmurando, não sei dizer, empurro minha mão direita no bolso da calça jeans e agarro a caixinha de veludo vermelho.


É um porta alianças.


Pretendia entregá-la para ti esta noite Jorge, era minha última tentativa de convencê-lo a ser você mesmo e aceitar construir uma vida comigo, de implorar que me escolhesse. Realmente abri mão do meu orgulho. Mas parece que nunca terei a oportunidade de entregar estas alianças, gravadas nossos nomes, para você.


Só espero que não me esqueça, que me leve nas suas lembranças, que se recorde dos momentos preciosos que vivemos juntos e do nosso amor, ainda que o meu tenha sido maior que o seu.


Ainda que se case com ela, ou com outra, não deixe seu sentimento por mim morrer completamente.


Despreparado para partir, fecho os meus olhos e aceito a mão estendida da escuridão, que me envolve em um abraço gélido.


 

Quando escrevi essa historia estava inspirada pela música, que tem uma letra muita linda (que por acaso estou ouvindo agora kkkk). Por que deixar uma chance de ser feliz escapar por medo? Por que desistir do seu orgulho por outra pessoa? O amor deveria ser lindo, não uma faca que fere ambos os lados.


Tirando a parte trágica, existem muitos Jorge no mundo, que vivem escondidos, uma vida dupla, por medo do que o mundo vai dizer, assim como existem muitos como o personagem que narra seu sofrimento, que se submetem a serem os amantes, que são os "segredinhos". O amor deveria ser fácil e as pessoas deveriam aceitá-lo, não acham?


SEGUNDA PARTE (Só clicar)


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Sobre o Projeto de Escritora

Escrever é Liberdade

Criei esse cantinho aconchegante para compartilhar, com os amantes da leitura, histórias fictícias que criarei — e algumas que já tenho criadas — com muito amor e carinho. Escrever é o que mais amo fazer. Ainda que não seja uma profissional, tenho me dedicado bastante a esta arte capaz nos levar a viajar por mundos e países diferentes, de nos fazer conhecer pessoas novas, sem sair de casa ou da cidadezinha que crescemos.


Aqui você encontrará histórias de variados gêneros, como romance, terror, suspense, etc. Não pretendo engaiolar minha imaginação, deixarei que ela seja tão livre quanto um pássaro, que pode voar para longe e tem o prazer de conhecer diversos e exóticos lugares.


Como uma alma livre de preconceitos, saiba meu bom amigx que muitas das histórias serão homossexuais e lésbicas, então, que fique claro que aqui não é lugar para pessoas preconceituosas. Como diz o ditado: a porta da rua é a serventia da casa.  


Lembrando que sou apenas uma escritora amadora que percebeu que o melhor tratamento para os seus conflitos psicológicos era fazer o que mais ama: escrever.  


Seja muito bem-vindo ao meu cantinho, sinta-se em casa e não seja tímido, interaja comigo.

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