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Projeto de Escritora

Escrever é o seu grito de Liberdade!

Ela é apenas uma menina de 24 anos, uma adulta no corpo de criança. Com uma alma livre e sensível, mas presa nas correntes da sociedade, resolveu, em instante de desespero e loucura, criar um blog para postar as histórias fictícias que sua louca imaginação insiste em inventar.


Mesmo sendo amadora nesta arte e trazendo consigo na bagagem somente o amor pela escrita, os conflitos internos e os problemas psicológicos, está decidida a viver na luz, pois, sabe que é na escrita que se encontra seu cantinho de paz e liberdade.

BEM-VINDO AO SEU CANTINHO!

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  • Foto do escritorElionai Silva

Amante do Chefe



 

Capítulo Único


Errado. Desde o princípio nosso relacionamento era errado. Envolvimento amoroso entre chefe e funcionário é bonito de se apreciar na ficção, nos livros de romance eróticos que as mulheres adoram, porém — desculpa lhes decepcionar — na vida real não é assim. Eu estava ciente desse fato. Estúpido. Mesmo sabendo da realidade, do quão desgastante seria nossa relação, eu não era resistente o bastante para impedir e resistir aos avanços e seduções do Ceo Roberto, meu chefe. Fraco. Lá no fundo eu sempre soube que deveria ter rechaçado-o com mais afinco, todavia, também sei que era impossível não se render em algum momento, uma vez que o quis no exato segundo que nossos olhares se cruzaram pela primeira vez. Como não ceder à tentação? Acontece tão rápido, num segundo eu lutava para escapar da atrativa armadilha, no próximo me rendia apaixonado não somente ao sexo quente e memorável que fazíamos, mas, também e principalmente, aos afagos e afetos que entraram no meu sistema como heroína, tornando-me num completo viciado em pouquíssimo tempo. Como posso resistir ao toque suave? As palavras doces sussurradas rentes aos meus ouvidos? E aos cuidados amorosos? Inevitável. Mas paguei um preço alto por esse amor irresistível e viciante, por ter me deixado levar pelos sentimentos calorosos e não pela razão; um preço que Roberto nunca precisou pagar, pois, ele era o rei daquela selva, enquanto eu apenas uma presa insignificante na cadeia alimentar. Quantos meses demoraram para meus “colegas” de trabalho descobrirem que eu dormia com o chefe? Mesmo eu nunca tendo contado a ninguém e implorado ao Roberto — este que não via problemas em assumir-se publicamente — que mantivesse nosso amor em segredo, aconteceu de alguém dentro da empresa descobrir e rapidamente, na velocidade da luz, foi espalhado o rumor em todos os setores. Meu status de funcionário mudou-se para amante do chefe em um dia. É nesse ponto da história que vocês vão descobrir que não acontece como nos livros… E meu dever lhes alertarem que na vida real quando descobrem que você dorme com o Chefão, você “ganha de brinde” o título de prostituta, mau caráter, lixo humano que dá para o chefe em troca de cargo e dinheiro. O que? Acharam cru demais o que eu disse? Então, me respondam com sinceridade quem de vocês, que conhecem uma história real semelhante a minha, não intitularam como vadia que se vende por dinheiro aquele funcionário (a) que dorme com o chefe? Sem hipocrisia por favor, nenhum de vocês realmente acreditaram que a pessoa se apaixonou sinceramente pelo cara no comando. Ou preferem dizer que sou um mentiroso? Que nunca julgaram o coleguinha do trabalho? No meu caso o julgamento foi ainda pior por eu ser homem e nunca ter compartilhado com ninguém do serviço a minha sexualidade. Escutei murmúrios como: “Ele nem é gay, só está dando pro Ceo porque quer subir de cargo.” Aquele longo período, após espalhar-se pela empresa nosso envolvimento, foram um dos mais difíceis da minha vida. Ter que escutar comentários maldosos serem cochichados, saber que era meu nome que circulava nas rodas de fofocas e que faziam um juízo errôneo sobre meu caráter não foi nenhum pouco agradável. Tudo aquilo me magoava e feria profundamente porque não era verdade. Eu apenas me apaixonei pelo Roberto carinhoso, possessivo e protetor; não pelo cargo e as oportunidades que o Ceo podia me oferecer. Sei que alguns de vocês, leitores, devem estar se perguntando: Por que ele se importa com a opinião dos outros? Por que simplesmente não ignorou e seguiu com a vida? Eu não sou alguém que consegue não ligar para o que as pessoas vão dizer de mim, ainda mais quando estamos falando sobre minha honra, meu caráter. Sei que vocês também não, podem até dizer que não importam com a opinião alheia, mas lá no fundo se importam sim. Ainda assim eu tentei ignorá-los, todavia, lutava uma batalha perdida. Sou um homem sensível, que se magoou e machucou-se ao ser ignorado pelos outros empregados e julgado. Em alguns momentos me arrependi amargamente por não ter resistido a doce sedução de Roberto, por não ter pulado fora antes de me viciar nos beijos apaixonados e no toque quente. Contudo, já era tarde demais para voltar atrás, eu estava completamente obcecado por ele e era impossível desistir dele, além de que, se terminássemos eu não perderia a fama. Sabe qual foi a parte mais complicada nisso tudo? Esconder do Roberto o que faziam comigo e fingir que estava tudo caminhando bem, que eu me encontrava bem e satisfeito com a vida que levávamos. Em parte eu realmente estava feliz, não posso negar o quanto meu coração se aquecia sempre que era abraçado por ele ou o quanto amava perder-me em seus lábios e seu corpo, mas, como já disse, tudo isso vinha com um preço caro e o título de amante do chefe. Lembro das várias vezes que chorei escondido no banheiro da empresa, na minha casa ou, até mesmo, nos braços de Roberto depois que ele adormecia. Eram os únicos momentos que eu podia desmoronar, sem que ninguém me visse. Por que eu não contava para Roberto? Eu só não queria que ele tomasse providências que fariam as pessoas me odiar ainda mais e, além disso, tenho meu próprio orgulho e não queria que meu namorado ficasse me protegendo e resolvendo meus problemas. Não estou dizendo que essa foi a escolha certa, hoje em dia penso que talvez devesse ter confiado mais nele. Naquela época eu acreditava que ele até poderia demitir os responsáveis por maldisserem de mim, porém, mesmo que trocasse todos os empregados da empresa eu ainda continuaria sendo o amante do chefe; os boatos, a exclusão e julgamentos nunca deixariam de existir. Por algum tempo consegui fingir que estava tudo bem, entretanto, não levou muito para Roberto perceber que havia algo de errado comigo e passou a me questionar. Eu, obviamente, negava e mentia com um doce sorriso: — Estou bem Roberto, não se preocupe, é só canseira. O que não era uma completa mentira, eu verdadeiramente me sentia mais cansado. Eu tinha passado a trabalhar em dobro na tentativa e esperança de provar meu real valor como empregado, na intenção de mostrar que não estava ali por dormir com o chefe e sim por ser excelente como profissional. Se adiantou? Não, me cansei atoa. Na minha frente me tratavam com educação e me concediam doces sorrisos, enquanto por trás zombavam e me julgavam, além de que, me excluíam dos círculos de amizade e conversa na maior parte do tempo.

Eu aguentei firme por meses porque amava Roberto, porém, um dia eu não consegui mais suportar aquela barra e desisti de continuar esforçando-me em algo que nunca mudaria. Eu fiz o que deveria ter feito desde o início, antes mesmo de ter “caído” na cama do chefe: eu me demiti. Eu queria um relacionamento que fosse certo.

Não, eu não abri mão do Roberto, e sim do emprego. Como o esperado, ele não concordou com meu pedido de demissão e insistiu com arrogância que eu continuasse trabalhando na empresa, pertinho dele e ao alcance de suas vistas. Aquela foi uma das raras vezes que bati o pé com firmeza e recusei a seguir as ordens dele. Foi uma fase tensa da nossa relação. Brigávamos tanto e nenhum de nós queríamos ceder a vontade do outro. Possessivo e controlador como era, ele queria me manter sempre por perto, enquanto tudo que eu desejava era ser respeitado. Eu o amava, mas porque diabos tinha que ser eu a pagar o preço pelo nosso amor?

Lembro que na nossa última briga sobre esse assunto, eu lhe disse gritando e chorando: — Por que não me permite provar meu valor? Eu não quero ser o amante do chefe, eu quero ser o namorado de Roberto e, ao mesmo tempo, ser reconhecido como o profissional competente que sei que sou.

Naquele momento ele se deu conta do que acontecia, do que vinha me incomodando e entristecendo nos últimos meses. A reação dele me surpreendeu, não foi como o esperado, ele não se ofereceu para resolver meus problemas na empresa, ao invés, rendeu-se ao meu pedido, porém, pediu algo em troca. — Tudo bem Fernando, você venceu, eu aceito seu pedido de demissão, mas em troca nós vamos morar juntos. Esse é meu namorado: um verdadeiro negociador, que não sabe sair de mãos vazias de uma negociação. Eu relutei por alguns minutos, mas a quem quero enganar, o pensamento de morarmos juntos me agradava e fiquei feliz com o pedido… ou melhor, com a ordem. Penso que nem preciso dizer a vocês como fiquei satisfeito ao finalmente me ver livre daquele lugar, o quão aliviado me senti. Demorou aproximadamente 6 meses para arrumar um novo emprego, já que recusei a ajuda de Roberto. Nessa outra empresa eu tive a oportunidade de provar meu valor como funcionário, mostrar o quanto sou competente e nunca fui visto como alguém que se vende. Eu não era mais o amante do chefe. Quando comecei a trabalhar naquela outra empresa, senti que minha relação com Roberto pela primeira vez era correta. Eu já não dormia mais com o chefe; e sim morava com o meu namorado Roberto.

Deveria ter sido assim desde o início. Se eu tivesse sido inteligente e me demitido logo que soube que seria incapaz de resistir ao Roberto, teria me poupado todo sofrimento e humilhação. Para finalizar, eu só posso dizer a vocês que não devem dormir com o chefe se não estiverem preparados para lidar com as consequências negativas. A vida não é um livro de romance. Entre a relação amoroso do chefe e da “secretaria” existe os outros funcionários, seres humanos julgadores.



 

Esse enredo é bem clichê e eu, particularmente, gosto bastante. Porém, sejamos sinceros, na vida real pessoas que se relacionam com o chefe acaba sendo julgadas pelos outros. Quis falar um pouquinho disso nesse conto, mantendo as características tipicas de historias desse tipo. O que acharam? Pensam que realmente toda pessoa que dorme e se relaciona com seu superior no trabalho está fazendo por interesse? Que direito temos de julgar?




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Sobre o Projeto de Escritora

Escrever é Liberdade

Criei esse cantinho aconchegante para compartilhar, com os amantes da leitura, histórias fictícias que criarei — e algumas que já tenho criadas — com muito amor e carinho. Escrever é o que mais amo fazer. Ainda que não seja uma profissional, tenho me dedicado bastante a esta arte capaz nos levar a viajar por mundos e países diferentes, de nos fazer conhecer pessoas novas, sem sair de casa ou da cidadezinha que crescemos.


Aqui você encontrará histórias de variados gêneros, como romance, terror, suspense, etc. Não pretendo engaiolar minha imaginação, deixarei que ela seja tão livre quanto um pássaro, que pode voar para longe e tem o prazer de conhecer diversos e exóticos lugares.


Como uma alma livre de preconceitos, saiba meu bom amigx que muitas das histórias serão homossexuais e lésbicas, então, que fique claro que aqui não é lugar para pessoas preconceituosas. Como diz o ditado: a porta da rua é a serventia da casa.  


Lembrando que sou apenas uma escritora amadora que percebeu que o melhor tratamento para os seus conflitos psicológicos era fazer o que mais ama: escrever.  


Seja muito bem-vindo ao meu cantinho, sinta-se em casa e não seja tímido, interaja comigo.

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