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Projeto de Escritora

Escrever é o seu grito de Liberdade!

Ela é apenas uma menina de 24 anos, uma adulta no corpo de criança. Com uma alma livre e sensível, mas presa nas correntes da sociedade, resolveu, em instante de desespero e loucura, criar um blog para postar as histórias fictícias que sua louca imaginação insiste em inventar.


Mesmo sendo amadora nesta arte e trazendo consigo na bagagem somente o amor pela escrita, os conflitos internos e os problemas psicológicos, está decidida a viver na luz, pois, sabe que é na escrita que se encontra seu cantinho de paz e liberdade.

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  • Foto do escritorElionai Silva

Os Pecados de um Vampiro —Primeira Parte

Atualizado: 21 de nov. de 2018



AVISO 1: Não recomendado para menores de 18 anos.

AVISO 2: Essa história não tem a intenção de ofender a crença/religião de ninguém.

AVISO 3: Não recomendo para pessoas sensíveis.

AVISO 4: A historia terá 4 ou 5 partes, que serão postadas as quartas-feiras.

AVISO 5: Ela também foi postada no Wattpad, quem tiver preferência em acompanhar por lá, basta clicar no titulo da historia a seguir: OS PECADOS DE UM VAMPIRO



 

SINOPSE

Miguel Silva, um jovem pastor, levava uma vida humilde até ser atacado, por um dos seus fiéis, e transformado em uma horrenda criatura que se alimenta de sangue humano.


O bom homem, viu-se mergulhado na escuridão e cometendo imperdoáveis pecados, para alimentar a besta que habita dentro dele. Desolado com o que se converteu, ele é obrigado a conviver, dia após dia, com a culpa que lhe atormenta incessantemente.


 


Vampiro é um ser imortal que se alimenta de sangue, o líquido vital das criaturas vivas. Existem lendas sobre essa criatura a milhares de anos, contadas de diferentes formas, em várias culturas e em períodos distintos, mas sempre guardando semelhanças entre si. Apesar das várias mitologias e folclores nunca houve uma prova concreta da existência do tal ser sombrio que se esconde da luz do sol.


Os ingênuos seres humanos quando pensam neles — ou em outros seres sobrenaturais — tendem a desenvolver dois sentimentos contraditórios. O primeiro é o medo por aquilo que sabem ser bem mais forte e bem mais perigoso que eles. O segundo é a pecaminosa excitação de conhecer o tal ser… ou melhor, de ser como ele. Não importa o quanto as pessoas pregam que devemos lutar contra a escuridão, a grande maioria delas são tentadas a experimentá-las, pois, a coisa que mais atrai o homem é o poder, este que nada mais é que a escuridão.


O que faz os seres humanos serem atraídos pelos vampiros é a sua aura sombria, o fato deles serem os predadores e não a presa. Deve ser essa atratividade que os fazem gostar tanto de retratá-lo em filmes, livros e teatros. Na cultura pop a criatura de presas é com certeza bem popular. Já perceberam como ele é retratado de diferentes maneiras? Ora como o vilão do filme de terror; ora como o ‘mocinho apaixonado do filme de romance. Não importa como eles são representados, no final você sempre ficará com a impressão que é ‘foda ser um vampiro.


Mas será que realmente é bom ser um vampiro?


Depende.


Que é a cor da sua alma?


Se ela tem tons escuros e é manchada com a podridão do mundo você se sairá muito bem sendo um sanguessuga. Porém, se você, mesmo vivendo nesta terra cinza sombrio, conseguiu conservar um espírito quase limpo, manter suas vestes com poucas manchas, então, ser um vampiro será uma tortura eterna, será como estar no limbo, sofrendo sem poder colocar fim na sua dor, pagando por sacrilégios que não realizou e cometendo horrendos pecados que te farão se arrepender eternamente, literalmente, pois, para ti não existirá o fim.


Eu, Miguel Silva, era uma dessas pessoas com uma alma sem manchas, que cresceu numa pequena cidade do interior e se tornou reverendo. Desde pequeno sempre fui alguém de muita fé, que acreditava em deus, na luz e no bem. Cresci com a missão de resgatar pobres almas da escuridão e acreditava sinceramente que era capaz de trazê-las para o brilho resplandecente. Nessa época eu era um tolo inocente por não querer entender que os homens são mais atraídos pela negridão da maldade, por não enxergar como as trevas são bem mais poderosas que a mais divina luz.


Mas nenhum homem permanece cego por muito tempo.


Eu vi a escuridão vencer a luz e descobri o quão horrendo é ser um vampiro.


[…]


Em uma clichê noite chuvosa, que Deus demonstrava toda sua fúria através de trovões e raios, a tenebrosa escuridão arrombou o portão de madeira e adentrou a minha santa Igrejinha, um lugar onde apenas luz fazia morada, enquanto eu colocava baldes embaixo das goteiras.


As trevas, que era um dos meus fiéis, gritava vocábulos de cólera. Ou seria de desespero? Naquela época pensava ser Ódio. Ele bramia que era impossível vencer a sombra que cobria sua alma, que eu era um mentiroso e enganava todos os meus seguidores.


— Do que está falando, Abel? O que houve? — coloquei o balde em cima do banco de madeira e me aproximei dele, preocupado com o semblante irado e em como ele andava impaciente pelo corredor, passando a mão no cabelo.


— Eu o matei. Pastor… Meu deus. O matei. Não consegui me controlar. O matei. O senhor me disse que tinha como controlar a escuridão. Mentiroso. O matei. O amava e o matei. Você mentiu ‘pra mim. Matei a pessoa que mais amava no mundo.


Ele falava tão acelerado que eu não entendia praticamente nada, somente compreendi uma palavra, devido à repetição: Matei. Congelei, assustado, assistindo-o, com cautela, continuar falando, eufórico, frases sem muito sentido, que, contudo, se você prestasse atenção conseguiria facilmente montar um quebra cabeça com elas.


Abel Ramirez era um jovem garoto de dezoito anos que frequentava a minha igreja a uns seis meses. Ele vinha, sem falta, nos cultos da noite e quando terminava sempre pedia para conversar comigo. Dizia que estava enfrentando momentos difíceis, que dentro dele existia uma escuridão feia e grande, capaz de realizar atos medonhos, e me implorava que lhe ajudasse a enfrentá-la e a vencê-la. Como um homem do senhor, que sempre creu que a luz é mais forte, prometi que lhe auxiliaria a se banhar com a mais divina luz e a livrar-se das trevas.


— Quem você matou? — A pergunta foi no automático, eu não queria saber.


Inesperadamente ele parou, seus braços caíram e seus olhos fixaram no altar, na imagem de jesus. Aquela repentina reação dele me apavorou mais do que o trovão estrondoso que ressoou acima da igreja, meu coração pulou e minha garganta secou. Engasguei, ao presenciar, estupefato, gotículas de sangue escorrerem das bordas dos seus olhos negros, marcando as bochechas coradas.


Perigo!


Corra!


Uma voz alertava que eu deveria fugir, que ele era uma ameaça, porém, a minha consciência não permitia. Aquele garoto estava em sofrimento e prometi lhe ajudar. Ao invés de virar as costas, dei um cauteloso passo à frente, compadecido com a face esmagada em tormento.


— Abel?


— O Antônio.


— O que tem ele? — perguntei, sabendo que a resposta não me agradaria.


Conhecia o jovem, ele também frequentava a igreja e era o melhor amigo de Abel. Sempre desconfiei que a escuridão do Ramirez estava relacionada ao afeto que ele sentia pelo garoto de cabelo castanho. Ele olhava de maneira diferente para o Antônio, de forma pecaminosa.


— Eu o matei, pastor — gritou, aflito, seu timbre rouco sendo abafado pelo trovão. — Assassinei a pessoa que mais amo.


— Como…


Abruptamente, ele me agarrou pela lapela do pijama velho e, com surpreendente força e agilidade, me forçou contra o banco, me obrigando a sentar, grunhindo num tom animalesco. Estremeci com o impacto, minhas costas gritaram de dor ao baterem contra a madeira, mas minha atenção foi imediatamente desviada para os orbes. Como era possível? As íris dele estavam com coloração vermelho. Eu nunca havia visto algo como aquilo. Fiquei ali, paralisado, boquiaberta, contemplando estupefato a sombria expressão que Abel ostentava.


— Suguei todo o sangue dele, até a última gota, não consegui me conter, não fui capaz de parar a tempo, mesmo ele me implorando, dizendo que o mataria se continuasse. Você não entende pastor, eu o matei, não consegui domar o monstro que está aqui dentro. Por sua culpa, que disse que a luz é maior que a escuridão, que eu era capaz de controlá-la, mas no fim acabei bebendo todo o sangue do Antônio, tornando impossível até mesmo transformá-lo. Sou um monstro e matei o homem que amo. E sua culpa. Por que? Por que mentiu?


Aquela foi a primeira vez que eu vi a loucura de perto — no futuro iria experimentá-la —, só posso afirmar que ela é aterrorizante. As vistas dele brilhavam em um tom cintilante, enquanto de seus lábios palavras eram derramadas sem pausas e num ritmo insano. Eu as ouvias, mas não compreendia. Talvez o medo tenha me deixado desnorteado naquele momento, pois, tudo parecia estar em câmera lenta. Eu havia entrado em um estado de letargia, não reagia ao que ele dizia, não pensava, ou sentia um pavor real, era como se estivesse fora de órbita.


Escuridão.


O vocábulo soou na minha mente, me tirando do meu estado de estupor.


— Abel, vamos conversar com calma — pedi pacífico, ainda que o mais aterrador medo estivesse tecendo no meu interior como teias de aranha. — Não menti ‘pra você, é possível vencer a escuridão, Deus nos fez seres de luz, basta ter fé no pai e buscar o caminho do bem.


É ingênuo acreditar que as trevas podem ser vencidas? Que a luz é maior e mais poderosa? Sim é. Antes eu pensava que o bem vence sempre. Idiota. Imbecil. Estúpido. Eu era apenas um tolo pastor que não sabia que estava de frente com a mais sombria das escuridões, daquela que tem vida eterna e se alimenta de sangue.


— Mentiras e mais mentiras. Chega de pregar falácias pastor, não pode enganar seus fiéis para sempre. — Abel me arrastou pelo corredor estreito, subiu os três degraus do altar e me encostou na parede, debaixo da imagem de madeira de Jesus Cristo e apontou para ela. — Ele não pode me ajudar. Sabe quantas vezes orei, quantas vezes pedi para ele me libertar? Inúmeras. Aquela ‘merda de ter fé e esperar a hora dele são enganações, ele nem deve existir. Como ele pode ter permitido que eu matasse o homem que amo? Que Deus é esse?


— Não blasfeme Abel — repreendi, abismado. Por mais que estivesse temeroso, minha crença não permitia que o deixasse profanar o nome do altíssimo naquele púlpito. Era meu dever como pastor corrigi-lo. — Você cedeu a escuridão, mas ainda não é tarde, tem como sair dela, conseguir o perdão divino e viver na luz.


Ele jogou a cabeça para trás, com as vistas pregadas na imagem de madeira e gargalhou alto. O riso desequilibrado, macabro, retumbou no pequeno espaço e entrou em compasso com o barulho desenfreado da tempestade, que cai no telhado, batia nas janelas e na porta, pedindo para entrar e juntar-se a loucura do jovem lunático que me segurava.


Eu quis fugir, escapar, contudo, o horror me forçou a ficar paralisado.


Seria aquele meu fim?


— Acredita mesmo nessa asneira? Vou lhe mostrar como é impossível vencer as trevas, pastor Miguel. Hoje te condenarei a viver na escuridão por toda eternidade, esta será sua punição por ter me feito acreditar que havia esperança.


A sentença estava dada.

[...]


Alguns elevam-se pelo pecado, outros caem pela virtude.

William Shakespeare


 

O que acharam? Confesso que estou bem animada com esse conto não só porque amo historias sobrenaturais, mas por poder trazer uma abordagem dramática para a figura do vampiro, explorá-lo de uma maneira um pouco diferente. Nós vemos, quase sempre, o vampiro como alguém a se temer ou a se admirar, porém, não questionamos quais são os demônios pessoais que essa figura sobrenatural é obrigada a lidar. Todos nós temos nosso demônios, certo?


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Sobre o Projeto de Escritora

Escrever é Liberdade

Criei esse cantinho aconchegante para compartilhar, com os amantes da leitura, histórias fictícias que criarei — e algumas que já tenho criadas — com muito amor e carinho. Escrever é o que mais amo fazer. Ainda que não seja uma profissional, tenho me dedicado bastante a esta arte capaz nos levar a viajar por mundos e países diferentes, de nos fazer conhecer pessoas novas, sem sair de casa ou da cidadezinha que crescemos.


Aqui você encontrará histórias de variados gêneros, como romance, terror, suspense, etc. Não pretendo engaiolar minha imaginação, deixarei que ela seja tão livre quanto um pássaro, que pode voar para longe e tem o prazer de conhecer diversos e exóticos lugares.


Como uma alma livre de preconceitos, saiba meu bom amigx que muitas das histórias serão homossexuais e lésbicas, então, que fique claro que aqui não é lugar para pessoas preconceituosas. Como diz o ditado: a porta da rua é a serventia da casa.  


Lembrando que sou apenas uma escritora amadora que percebeu que o melhor tratamento para os seus conflitos psicológicos era fazer o que mais ama: escrever.  


Seja muito bem-vindo ao meu cantinho, sinta-se em casa e não seja tímido, interaja comigo.

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